Gonçalo Ribeiro Telles, Filiado Honorário nº.1 do Nós, Cidadãos!

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A Comissão Política Nacional decidiu nomear Gonçalo Ribeiro Telles, Filiado Honorário nº.1 do Nós, Cidadãos!, tendo em conta os altos serviços prestados a Portugal democrático e às causas que nos identificam.

A sua vida em defesa dos cidadãos pelo ambiente e pelo território e contra a economia do desperdício são os títulos que levaram a esta decisão.

 

Em particular, a Reserva Ecológica Nacional (REN, Decreto-Lei n.º 321/83, de 5 de Julho) e a Reserva Agrícola Nacional (RAN, Decreto-Lei n.° 196/89 de 14 de Junho) foram criadas, pelo Ministro Gonçalo Ribeiro Telles, com vista a proteger da urbanização e dos seus desperdícios os terrenos de maior valor ecológico e agrícola e continuam a ser um esteio das populações e um factor de economia circular.

 

 

Não obstante os Estatutos não preverem a figura do filiado honorário, o principio geral de direito inscrito no Código Civil de que “o que a lei não proíbe, permite” é importante para a integração de lacunas . A decisão será em breve comunicada ao Homenageado, um dos primeiros assinantes em 2015 para a legalização do Nós, Cidadãos!

Lisboa, 19 de julho de 2019

 

ANEXO

 

Gonçalo Pereira Ribeiro Telles

(Lisboa, 1922)

Formou-se em Agronomia e Arquitetura Paisagista no ano de 1950, no Instituto Superior de Agronomia, Lisboa. Ao longo da sua vida desempenhou diversos cargos políticos assim como participou na fundação de instituições referenciais no panorama da cultura nacional. De entre as diversas atividades de que foi mentor destacamos: em 1945 foi membro fundador do Centro Nacional de Cultura; em 1950 e 1957 é candidato à Assembleia Nacional pelos Monárquicos Independentes, em 1961 pela CEUD; em 1969 é co-fundador do Partido Popular Monárquico (PPM) e em 1993 é cofundador do Movimento Partido da Terra; entre 1974 e 1976 é Subsecretário de Estado do Ambiente e Secretário de Estado de Ambiente; de 1981 a 1983 desempenhou as funções de Ministro da Qualidade de Vida; foi deputado da Assembleia da Republica pelo PPM em 1975 e, em 1985, volta novamente ao Parlamento como deputado independente pelo Partido Socialista.

Da sua passagem pelo governo nasceu um conjunto de decretos-lei que foram determinantes para a definição de uma política de ambiente e de paisagem e dos quais destacamos: a Reserva Agrícola Nacional e a Reserva Ecológica Nacional.

Enquanto deputado na Assembleia da Republica são da sua responsabilidade as propostas da Lei de Bases do Ambiente, da Lei da Regionalização, da Lei Condicionante da Plantação de Eucaliptos, da Lei dos Baldios, da Lei da Caça, e da Lei do Impacte Ambiental.

Do trabalho desenvolvido como vereador na Câmara Municipal de Lisboa (CML) sublinhamos a criação do Parque Periférico de Lisboa, o Projeto do Corredor Verde de Ligação do Alto do Parque Eduardo VII ao Parque Florestal de Monsanto e a Proposta de Estudo de uma Estrutura Biofísica e Cultural para o Concelho de Lisboa.

Paralelamente à atividade política desenvolveu a sua atividade profissional, sem que nunca as entendesse dissociadas.

Entre 1951 e 1953 integra a 3ª Repartição de Arborização e Jardinagem da Direção dos Serviços Especiais da CML.

Entre 1955 e 1960 é admitido como Arquiteto Paisagista do Gabinete de Estudos de Urbanização da CML, dirigido pelo engenheiro Guimarães Lobato.

De 1971 a 1974 dirige, enquanto arquiteto paisagista, o sector de Planeamento Biofísico e de Espaços Verdes do Fundo de Fomento da Habitação.

Em 1975, juntamente com um conjunto de jovens arquitetos paisagistas Alexandre Cancela d’Abreu, Margarida Cancela d’Abreu e o escultor Nuno de Mendoça, funda o curso de Planeamento Biofísico que em 1981 se transformaria na licenciatura em Arquitetura Paisagista da Universidade de Évora. Naquela instituição foi Professor Catedrático, entre 1976 e 1992, é Professor Emérito e recebeu, em 1994, o grau de Doutor Honoris Causa.

Enquanto profissional liberal desenvolveu um conjunto de projetos a várias escalas da paisagem: jardins privados e públicos, parques públicos, corredores verdes, implantação de rodovias, recuperação de pedreiras, recuperação de quintas de recreio, integração paisagística de unidades fabris, ordenamento rural e do território.

Ao longo de sua vida tem publicado vários livros assim como vários artigos onde se encontra bem expresso o seu pensamento inovador.

Todo este trabalho tem sido reconhecido a nível nacional e internacional. A nível nacional foi agraciado com o Grau de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago (1969), Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo (1988), Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (1990). Internacionalmente, destaca-se: o Prémio da Latinidade Troféu Latino «João Neves Fontoura» (2010) e o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe (2013)

No conjunto da sua obra evidenciam-se:

Mata de Alvalade (1951-1955); Plano de Urbanização da Quinta Grande em Oeiras (1953); Ajardinado da Avenida D. Rodrigo da Cunha (1953); Alvalade Bairro das Estacas (1953) Enquadramento da Capelinha de São Jerónimo (1953-1959); Alfama e Castelo- Enquadramento Verde (1953-1959); De 1959 a 1969, juntamente com António Facco Viana Barreto, desenha o jardim da Fundação Calouste de Gulbenkian. Em 1958 já havia sido convidado pelo Eng. Guimarães Lobato a desenhar o Jardim das Instalações Provisórias da Fundação; Shell Banática Integração e Valorização Paisagística (1963); A pedreira da Tijocal (1963); Estudo Geral do Enquadramento Paisagístico do Vale da Ribeira de Algés (1967); Prainha – Três Irmãos Revisão do Plano de Urbanização (1969); Plano Integrado de Almada (1971-1976); Jardim na mata dos Medos (1994).

 

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